Como me tornei leitora?

Esta é uma boa pergunta, eu me lembro de alguns momentos marcantes na minha infância que podem ter contribuído para o nascimento desta devoção tão grande pelos livros. Posso citar a minha prima Giovanna, que possuía uma coleção memorável de livros infantis, me lembro de folheá-los, cheirá-los e finalmente lê-los. Seria aí o início de tanta paixão? Pode ser que sim, mas confesso que o encanto maior residia nas figuras, nas cores e não tanto nas palavras, ainda.

            Lembro-me do fascínio que sentia toda vez que assistia na sessão da tarde, Matilda, queria entender o encantamento da menina pelos livros.

            Houve certo momento, com mais ou menos 11 anos, que após ler alguns livros eu cheguei à seguinte conclusão: ler era sim muito bom mas, não era tudo aquilo que eu esperava.

Até que um dia dando voltas pela biblioteca, um livro me chamou a atenção, era uma capa simples, com um título simples: Pollyanna. Pronto, eu havia sido fisgada por inteiro, ler era a melhor coisa do mundo. Na sequência eu li nada mais nada menos que Harry Potter e posso dizer, sem exageros, que a partir daí minha vida nunca mais foi a mesma, eram castelos, cachorros de três cabeças, feitiços, vassouras e varinhas. E esse era só o início de uma história sem fim, dei sequência com Senhor dos Anéis, Meu pé de laranja Lima, A volta ao mundo em 80 dias, Os Maias, Memórias de uma Gueixa, A menina que roubava livros..........

Por: Rafaela F. Cotta